O Castelhano ou Espanhol é uma língua românica derivada do latim vulgar e enriquecida com termos adotados de outros dialetos e idiomas. Apresenta tendências inovadoras que a distingue de outras línguas peninsulares.
O Castelhano surgiu no norte, entre a cordilheira Cantábrica e La Rioja, quando Castela agregou outros reinos e se estendeu até ao sul.
A sua situação geográfica favoreceu a influência de zonas vizinhas e a Reconquista cristã expandiu o castelhano para o norte e sul peninsular.
Entre os séculos XI e XIII, o Castelhano enriqueceu-se especialmente com galicismos e a influência árabe.
O rei Afonso X converteu o Castelhano em língua oficial, designadamente nos documentos reais. Este facto contribuiu para a unificação linguística, fixação da ortografia e desenvolvimento da prosa castelhana.
Nos séculos XIV e XV, o Castelhano fixou normas e incorporou numerosos cultismos, procedentes das universidades, das traduções e do Humanismo.
No século XV, o Castelhano medieval passou a ser o clássico. Os Reis Católicos desenvolveram a unificação linguística, favorecida pela unidade política e a publicação da primeira Gramática da Língua Espanhola.
A imprensa e particularmente o descobrimento da América desencadearam uma enorme expansão do Espanhol, que teve o seu auge nos séculos XVI e XVII com produções literárias renascentistas e barrocas.
No século XVIII, fundou-se a Real Academia Espanhola (RAE). A ortografia de 1815 estabeleceu as normas atuais.